06 novembro, 2009

Ambiente hostil para "inimigos da Natureza"

Já começa a ser preocupante a estagnação nos ajustes preparatórios para a maior conferência sobre o Meio Ambiente. A 30 dias da conferência das Nações Unidas em Copenhague, a comunidade científica que via na pessoa do Sr Barack Obama, maior comprometimento dos americanos a respeito da mudança climática e, por conseguinte - a liderança capaz de dinamizar o processo de arranjos nesta reta final, começa a temer por possíveis entraves, já que o presidente americano na prática, ainda não correspondeu as expectativas.
Se os arranjos vierem a deslanchar nestes momentos finais, este fato se dará principalmente pelas atitudes não governamentais, o Japão é uma exceção neste caso. A energia que movimentará essa engrenagem vem das sinergias das empresas e sociedade civil.
No Brasil, embora o cenário esteja mais operacionalizado, se comparado com os Estados Unidos, o governo vem sendo pressionado para que tenha uma postura mais ousada. As pressões advêm de empresas que exigem a integralização de alguns compromissos como, por exemplo: incentivos para cortes de emissões na cadeia produtiva, inventário de emissões e etc.
Na Inglaterra, especificamente em Londres, empresas e o primeiro escalão do governo, embarcaram juntos na idéia do cineasta Franny Armstrong denominada de: 10:10. Da idéia formataram uma campanha, que tem como objetivo: reduzir em 10% as próprias emissões até o ano que vem. Estão fazendo parte do grupo de empresas que aderiram à causa às gigantes do setor energético: British e EDF, assim como a consultoria Lógica, entre mais de 450 unidades do grupo.
Bom, que as consequências das alterações no clima assustam, não nos resta nenhuma sombra de dúvida. Sendo assim, a mensagem da comunidade científica é clara: a espécie humana precisa agir imediatamente.
Por outro lado, é bom ficar atento aos ”atuários“ embutido nesse processo que, buscam exclusivamente o markting. Para tanto, não é difícil perceber esse desvio, é só atentarmos para a enxurrada de credenciais ”verdes“, que saíram recentemente.
As organizações mundiais, envolvidas ambientalmente, devem focar suas forças sobre aqueles que estarão na conferência em Copenhague, no período de 7 a 18 de dezembro. Os obstáculos para os arranjos não são poucos, entretanto, num cenário supostamente insalubre aos ”inimigos do clima“, será que pelo menos os que dependerão de nossos títulos de eleitores – darão a si mesmo o luxo de saírem de mãos vazias?

1 comentários:

Marli Fiorentin disse...

Caro César!
Estou aqui para retribuir a visita , o abraço e ler um pouco de seu blog que sempre tem informações precisas e urgentes sobre o meio ambiente. Confesso que fico assustada com isso tudo e com a falta de consciência das pessoas em fazer cada um a sua parte e pior ainda os governantes, que deveriam ser o exemplo e cumprir com suas responsabilidades através das leis. Resta-nos torcer e continuar persistindo na luta. BJ!

 
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