19 novembro, 2009

Brasil não sabe explorar o potencial econômico da biodiversidade


Que o Brasil é o ”dono“ da maior biodiversidade existente no Planeta, todos sabemos e que, a maior parte dela está na região amazônica também. Entretanto, o diminuto conhecimento para sistematizar e valorar esse patrimônio biótico exuberante, nos força a fazer uma indagação pertinente. A partir de quando o Brasil transformará adequadamente a riqueza natural bruta em bioprodutos, capazes de alavancar o desenvolvimento econômico e sustentável do nosso País, tanto no sentido figurado como no sentido literal que o contexto exige?
Em não tendo as ferramentas apropriadas para valorar o pouco já conseguido, os órgãos inerentemente ligados à questão ficam sem luz (num apagão total). O que se pode inferir é que, a riqueza natural bruta brasileira ainda vai demorar a ser manufaturada, ou seja, transformada em bioprodutos.
O Amazonas, por exemplo, que se orgulha dos seus 98% de sua área de floresta intacta (e é um bom motivo para isso), hoje, não tem noção, do impacto dessa riqueza bruta sobre a sua receita. Isto se deve a um importante fator: Instalação do Pólo Industrial de Manaus, na década de 60, sobre o qual, está toda a economia do Estado. Fato, que se por um lado, favoreceu a preservação da floresta, por outro, paralisou os amazonenses, impedindo-os de caminharem na direção de novas metodologias e aprimorá-las para a transformação de biodiversidade em bioprodutos.

No âmbito nacional é de conhecimento global o gigantesco avanço do agronegócio brasileiro, porém, a gênese de seus produtos não está na riqueza biótica dos biomas existente aqui, ao contrário, só para exemplificar, café e cana-de-açúcar, são produtos adaptados no Brasil pelos produtores rurais, contando com a ajuda do conhecimento científico gerados nas EMBRAPAS. Portanto, nas exportações brasileiras, a biodiversidade ainda exerce uma importância tênue.
Assim, a comunidade científica brasileira tem em mãos o seu maior desafio: formular as melhores metodologias para manufaturar os imensuráveis recursos bióticos amazônicos em riquezas que possam atender a todos sem exceção, com o mínimo de impacto ambiental, dando assim oportunidade da biodiversidade perdurar.
Esperamos então, que os amazônidas usem a Conferência de Copenhague como ferramenta em prol da sustentabilidade da Amazônia.

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