28 novembro, 2009

BIODIVERSIDADE, PEDE SOCORRO!


A biodiversidade, hoje, exige uma mudança mais contundente do papel dos humanos no ecossistema, tanto na essência deste papel como na percepção do mesmo. Os fatos nos mostram que, a biodiversidade em qualquer parte do Planeta há muito foi preterida em favor da mudança climática e por isso está muito atrás na corrida ambiental contemporânea, principalmente se considerarmos os bilhões de Euros colocados sobre a mesa que, se bem aplicados poderiam conter os avanços do desflorestamento tropical. Apesar de tudo, acredito que ainda no século XXI, a importância atribuída à biodiversidade chegará ao mesmo patamar que à da mudança climática.
É extremamente importante que, não fiquemos estáticos até que a riqueza biótica, entre ela às florestas, chegue próxima da destruição total, para só então, entender e permitir o acesso das potencias econômicas na questão para valorar a floresta. Apartir, daí, prover motivação para o investimento sobre as ações que tenham o propósito de conservar e recuperar áreas florestais. A Shell Hydrogen, na pessoa do Sr. Don Huberts, encapsulou um cenário análogo a essa questão quando disse: “a idade da pedra não acabou porque nós esgotamos as pedras e, que a idade do petróleo não acará porque nós acabamos com o petróleo”. Seguindo esta linha, quero dizer: a idade da destruição das florestas (desmatamento), não tem que acabar porque nós levamos a floresta à exaustão.
Hoje, os trabalhos ambientais fazem emergir um conceito que pode causar forte mudança no atual formato de relacionamento entre nós e o Meio Ambiente, principalmente influenciar no processo de utilização do solo amazônico. A disposição para remunerar (WTP = valor de uso + valor de opção + valor de não-uso) por trabalhos ambientais entre eles: estoque de Co2, manutenção de recursos hídricos e da biodiversidade. Tem sido permanentemente inferior aos valores conseguidos através de estimativas que tentam imputar valoração “real” sobre os trabalhos. Há muito, o que fazer para modificar a atual base da economia na Amazônia, de tal maneira que a operacionalidade econômica consiga manter a floresta, em vez de destruí-la. No entanto, para que essa modificação consiga o desejado, ou seja, fazer deste ambiente o suporte das necessidades do homem nestas áreas, temos que obrigatoriamente que sustar o desperdício do recurso natural através do desflorestamento sem o mínimo de critérios, acoplados à sustentabilidade.

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