Longe de querer esgotar a discussão, escrevo este texto muito mais para instigar os leitores à reflexão, objetivando suas opiniões, e juntos favoreçamos, quem sabe, aclarar o nosso papel de guardião dos recursos hídricos.
Vocês já ouviram dizer que governos se preocupam com o Meio Ambiente? Já ouviram dizer que organizações não governamentais acompanham os governos, preocupando-se também com o Meio Ambiente? Educação é o melhor caminho para a preservação do Meio Ambiente?
Aposto que muitos de nós já ouvimos tais perguntas, por vezes até as fazemos, sem, contudo chegarmos a nenhuma conclusão definitiva. Eu sou um dos que pensam bastante sobre o assunto e, vira e mexe sou perguntado a respeito, mas confesso que morro de duvidas, e só me arrisco a dizer que tal imbróglio é devido principalmente pela inconstância na aplicabilidade de políticas inerentes não só ao nosso habitat natural, como também ao nosso nicho ecológico.
No contexto ambiental, estão os recursos hídricos. Que embora se observe pelos países mundo afora tanta verbalização sobre a questão da água, é fácil também detectarmos negligência e falta de visão em relação a este recurso. No âmbito individual, temos o individuo comum que desmata as margens dos igarapés e fixa residência ao longo dela, e do lado coletivo, considero o governo como sendo fundamental para levar a cabo, políticas públicas adequadas para o nosso nicho ecológico em relação à água, uma maneira bem simples, mas de extrema relevância, são as medidas preventivas, por exemplo, a construção de fossas sépticas para todas as casas fixadas ao longo dos igarapés e o desvio de esgotos para fora dos leitos hídricos, exigido pelo órgão público concernente. O que não acontece, hoje!
Espera-se, no entanto, que os seres humanos tenham pela água um respeito especial e urgente, que procurem manter seus reservatórios naturais e salvaguardar sua pureza e, não fragmentar a floresta, despejar dejetos residenciais e assorear igarapés. Porque assim, estaremos acelerando a cessação de água potável e de espécies nativas do ecossistema aquático numa demonstração eloquente do desalinhamento da importância da água à vida.
Será que ainda não sabemos que, das substancias, a água, é a que mais precisamos em nossos organismos? A importância da água está no fato de que dela, fenômenos vitais, como respiração, fotossíntese, excreção e digestão, nos quais ocorrem diversas reações químicas, são dependentes, além do que, a água participa ativamente da regulação da temperatura corporal dos organismos vivos.
Nós brasileiros, somos privilegiados no que concerne à água, haja vista a quantidade de bacias hidrográficas dentro do território nacional, especialmente, na região norte. Mas, o crescimento nas mais variadas atividades econômicas, inseriu o Brasil num contexto de despreparo quanto a utilização da água, seja no simples ato de tomar banho seja no âmbito industrial.
O fato é que, nós humanos, de maneira continua, cometemos imperícia concernente ao uso da água. E, o que estamos fazendo para mudar o atual cenário hídrico, aqui no Brasil ?
17 abril, 2011
Água: A Celebração da Vida!
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Marcadores: Amazônia, Meio Ambiente, Sustentabilidade
22 março, 2011
NO CÁRCERE DOS FENÔMENOS NATURAIS
O nosso planeta Terra orienta-se por um processo de ajustamento em suas características geológicas e climáticas ao custo de perdas imensuráveis de riquezas biológicas e de fatores abióticos, geradas por entre outras causas: o intemperismo e os movimentos das placas litosféricas (mais comumente conhecidas por placas tectônicas).
A comunidade cientifica postula que a Terra é internamente aquecida ainda por uma fração de calor restante desde o inicio de sua conformação, há 4,5 bilhões de anos, mas, em ultima instancia, esse aquecimento é condicionado pelo acumulo da radiação de seus materiais intraterreno que, junto à energia potencial acumulada do atrito entre as placas , quando liberada na forma de movimento em grande quantidade, surgem os terremotos, fenômeno que tem ocorrido em uma escala capaz de gerar desastres colossais, incalculáveis. Vide a catástrofe japonesa, a mais recente. Ver imagem acima.
No que concerne ao Japão, pode-se afirmar que, terá que conviver com os terremotos e/ou Tsunamis, uma vez que infelizmente, ele está sobre divisões de duas ou mais placas tectônicas.
Sob essa perspectiva, portanto, pode-se inferir que, o monitoramento das placas tectônicas é fator essencial para a redução de perdas humanas, principalmente. Evidentemente que hoje, ainda não se tem tecnologia capaz de apontar antecipadamente a ocorrência de terremotos, mas mensurar seus impactos em regiões tidas como críticas, sim. Para tanto, é necessário que se desdobre os investimentos em tecnologia visando o monitoramento do risco de catástrofe. Os efeitos do terremoto seguido de Tsunami que atingiu o Japão confirmam essa necessidade da cobertura tecnológica conectada a recursos e planejamento.
Hoje, não se trata mais da mera continuidade do “bem sucedido” plano ambiental global, um dos melhores já orquestrados da história desse planeta, mas, trata-se também de pensar o futuro que queremos e iremos construir. Por outro lado, não há como pensar o futuro se o presente é um planeta devastado. O presente de hoje ainda não é, o ultimo suspiro. Mas a permanência desse caminho nos apequena e nos joga ao cárcere com os pesados grilhões dessa inoperância. Aguardemos, portanto, mudanças de atitudes tanto no aspecto individual como governamental no que concerne aos fenômenos naturais e depreciação ambiental.
Credito da imagem: essaseoutras.com.br
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Marcadores: Meio Ambiente, Poluição, Qualidade, Sustentabilidade
12 dezembro, 2010
Caxiuanã e seu Paradoxo: zelar para explorar
Este post dará ênfase ao que de mais especial tem em Caxiuanã, a percepção da indigência da preservação dessa grandiosa área, que agrega dentro de seus limites, cenários de biodiversidade sem igual. A ausência do homem nessa área é o fato que nos leva a entender, do que é capaz a atitude em prol da preservação da vida, seja ela, animal ou vegetal, contra ações antropogênicas que, trivialmente, neste momento, seria fatal. Um exemplo clássico disso, é o atual cenário da área do pólo madeireiro de Breves, potencialmente exaurido. Entretanto, a priori, se apresenta como um paradoxo, pensar, na intocabilidade dessa área durante cinco décadas, e a qualquer momento abra-se às suas portas para a exploração, obviamente, pelo até então, seu guardião (o governo). Por si só, os tipos de riqueza biológica presente neste texto, exige que a área de Caxiuanã se torne uma ferramenta de uso contínuo para o bem de todos, mantida a complexidade de sua biodiversidade e lincada ao homem como um museu contemporâneo da biota selvagem, focado para a pesquisa, ecoturismo, educação ambiental e a manutenção das espécies.
Mas, é extremamente desconfortável saber que é questão de dias para que máquinas entrem na área de Caxiuanã e derrubar arvores, dar cabo à fauna do solo, aterrorizando aves e os mamíferos metamorfoseando as trilhas do impacto em efeitos adversos imutáveis. Pode-se afirmar dois fatores sobre Caxiuanã: 1º - É diminuto o conhecimento sobre o seu fator biótico e, 2º - Até o momento, ninguém sinalizou com a vontade política suficiente para a construção de um plano de manejo capaz e minucioso da área com força para gerar condições mínimas o que numa eventual ação antropogênica, evitaria um efeito colossal para este monumento até hoje, preservado.
A área de Caxiuanã (nos municípios de Melgaço e Portel, no Pará) apresenta um cenário sistêmico complexo e diverso. E pelo que se sabe, embora a atuação presencial de pesquisadores de diferentes áreas científicas venha ocorrendo de maneira contínua, por mais de 16 anos, conclui-se após um estudo dos levantamentos da biodiversidade, que o grau de conhecimento da fauna e flora da referida região, mesmo sendo avanço extraordinário, não vai além de uma fração do todo daqueles ecossistemas ricos em fatores bióticos.
E de acordo com os resultados valorados nos três livros publicados sobre Caxiuanã, o total de espécie da fauna devidamente identificado, hoje, é de 1.103, sendo que o número da flora, fungos e líquen, é de 2.400, perfazendo um total de 3.503. Neste momento, este é o número a ser considerado como oficial e conhecido em Cxiuanã.
A partir dos idos 1961 começou o processo de preservação da área de Caxiuanã com a desocupação da área e com isso veio o vazio demográfico hoje existente na área da FNC – Floresta Nacional de Caxiuanã, fato que, essencialmente até o momento, fomenta a preservação de Caxiuanã. Evidentemente que não se pode predizer exatamente os efeitos na área, se a FNC não tivesse sido criada e não contasse com a presença do IBAMA. Mas, sabe-se o que ocorreu na região das ilhas que já foi o maior pólo madeireiro da Amazônia e, por isso entende-se que a região em questão, caso não tivesse sido preservada desde 1961, sofreria um impacto titânico diante da ação antropogênicas (exploração madeireira), com efeitos adversos irremediáveis sobre a sua flora e fauna.
Hoje, entretanto, a exploração manejada de Caxiuanã me parece mais próxima, o único empecilho é a falta de estudos e, por conseguinte, a falta de conhecimento suficientemente capaz de alavancar o seu plano de manejo. Neste ínterim em que Caxiuanã tornou-se intocável à exploração, transformou-se num “almoxarifado” dos fatores bióticos mesmo com algum grau de exploração sustentável pelos humildes ribeirinhos residentes da área.
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Marcadores: Biodiversidade, Ecologia, Meio Ambiente, Sustentabilidade
09 outubro, 2010
Excesso de Carbono vai alterar o Clima no futuro!
Uma questão bem atual foi levantada pelo cientista Steven Davis, da Instituição Carnegie, qual seja: Qual seria o efeito, se não ocorresse à troca de todas as máquinas que expele, hoje, o CO2 para a atmosfera, pós tempo útil?
Bem, a resposta, é um tanto quanto óbvia. Teríamos um acumulo de carbono inferior ao que vários cientistas afirmam como sendo o limite suficiente para gerar as catástrofes, vinda do aquecimento planetário. A afirmação é dos pesquisadores na revista Science.
Evidentemente que esse fenômeno é hipotético e, não tomará forma de concretização! No entanto, a questão formulada foi para preencher a lacuna a respeito do quanto o nosso planeta aqueceria se pudéssemos trocar as atuais tecnologias geradoras de CO2 pelas alternativas tidas como: tecnologias limpas.
Estima-se que, usina elétrica e/ou carvão tem 40 anos de vida útil; o último modelo de carro americano de passageiro tem 17 anos de vida útil, portanto, levando em consideração esse tempo de vida útil, pode-se concluir que: sem exceção, o descarte desses dispositivos fosse feito após seu tempo de uso – a elevação da temperatura na Terra chegaria 1,3ºC acima dos níveis pré-industriais.
Significa dizer que esse processo confere um aumento de CO2 de 430ppm (parte por milhão). Tendo como conseqüência uma variação sob os 2ºC tido como o limite perigoso, cabendo a este contexto, maiores cuidados, já que se o carbono atmosférico chegar ao volume de 450ppm, os 2ºC será atingido.
Mas, partindo do pressuposto que a paralisação de toda e qualquer indústria cliente da atual matriz energética (combustíveis fósseis), é zero, podemos predizer que, a elevação tida como perigosa deva ocorrer ainda neste século. Esta afirmação é do Steven Davis, autor da pesquisa.
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Marcadores: Aquecimento, Meio Ambiente, Poluição
27 setembro, 2010
Manter a Beleza de nosso Igarapé é obrigação de todos os Filhos do Maú!
Filhos do Maú!!
Os problemas ambientais urbanos são isentos de um caráter transfronteiras, mas são ubíquos em todos os continentes. É sabido que, em sua maioria, a degradação ambiental a nível global e regional tem a sua gênese nas grandes cidades. O Meio Urbano, ou seja, a cidade, que é um sistema especial composto por apenas uma etapa consumidora, ainda assim, interfere por meio da geração de grande quantidade de subprodutos como: resíduo sólido (Lixo), em vários e diferentes ecossistemas, muitas vezes situados a milhares de quilômetros de distancia.
É, verdade! Fala-se muito dos efeitos adversos ambientais das grandes zonas urbanas, mas, não podemos ficar de olhos vendados e até esquecer que as pequenas áreas urbanas também estão sofrendo graves impactos ambientais, seja por não dispor de recursos para implementar sistemas de saneamento básico e coleta seletiva de lixo seja por desprovimento de consciência, sensibilidade e envolvimento ambiental das pessoas integrantes da comunidade. E, neste sentido, começo a me preocupar com a minha amada Vila Maú!
Vila Maú faz parte do município de Marapanim. Hoje, Vila Maú ainda é um dos mais belos lugares para ficar de bem com a vida, renovar as energias e sonhos de vida (ver foto). Entretanto, hoje é real a necessidade de se expurgar a improvisação ou cuidar de forma não ordenada dos olhos azuis de Vila Maú, ou seja, o seu majestoso Igarapé. É necessário integrar o cuidado ambiental aos demais sistemas gerenciais internos da comunidade Mauense (Filhos do Maú).
Prezados Filhos do Maú! Enquanto os efeitos adversos ambientais europeus, asiáticos,... e americanos decorrem, predominantemente, dos acidentes industriais e até nucleares, o nosso Igarapé já grita por socorro devido ao lixo deixados às suas margens por nós mesmos e por àqueles que lá freqüentam. É igualmente motivo de preocupação a falta de sensibilidade dos amigos residentes de Vila Maú quanto à situação do Igarapé, pós fim de semana, gente, ele é único e talvez, seja o motivo real de tantas visitas a esta bela e acolhedora comunidade ao longo de todo o ano. Portanto, sejamos “Guardiões” do nosso Igarapé, ok?.
Hoje, o cenário de Vila Maú é notório como nunca foi antes, as mínimas melhorias que lhe ocorreu favoreceu essa notoriedade aos olhos de milhares de paraenses e não paraenses. Mas, é verdade também que, Vila Maú, no momento atual, exige uma gradual gama de iniciativas políticas, agregando a ela, investimento por parte do Estado e Prefeitura, incorporando dessa maneira, resultados compensatórios em vários aspectos, especialmente em termos de Qualidade Ambiental.
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Marcadores: Meio Ambiente, Qualidade, Sustentabilidade