O nosso planeta Terra orienta-se por um processo de ajustamento em suas características geológicas e climáticas ao custo de perdas imensuráveis de riquezas biológicas e de fatores abióticos, geradas por entre outras causas: o intemperismo e os movimentos das placas litosféricas (mais comumente conhecidas por placas tectônicas).
A comunidade cientifica postula que a Terra é internamente aquecida ainda por uma fração de calor restante desde o inicio de sua conformação, há 4,5 bilhões de anos, mas, em ultima instancia, esse aquecimento é condicionado pelo acumulo da radiação de seus materiais intraterreno que, junto à energia potencial acumulada do atrito entre as placas , quando liberada na forma de movimento em grande quantidade, surgem os terremotos, fenômeno que tem ocorrido em uma escala capaz de gerar desastres colossais, incalculáveis. Vide a catástrofe japonesa, a mais recente. Ver imagem acima.
No que concerne ao Japão, pode-se afirmar que, terá que conviver com os terremotos e/ou Tsunamis, uma vez que infelizmente, ele está sobre divisões de duas ou mais placas tectônicas.
Sob essa perspectiva, portanto, pode-se inferir que, o monitoramento das placas tectônicas é fator essencial para a redução de perdas humanas, principalmente. Evidentemente que hoje, ainda não se tem tecnologia capaz de apontar antecipadamente a ocorrência de terremotos, mas mensurar seus impactos em regiões tidas como críticas, sim. Para tanto, é necessário que se desdobre os investimentos em tecnologia visando o monitoramento do risco de catástrofe. Os efeitos do terremoto seguido de Tsunami que atingiu o Japão confirmam essa necessidade da cobertura tecnológica conectada a recursos e planejamento.
Hoje, não se trata mais da mera continuidade do “bem sucedido” plano ambiental global, um dos melhores já orquestrados da história desse planeta, mas, trata-se também de pensar o futuro que queremos e iremos construir. Por outro lado, não há como pensar o futuro se o presente é um planeta devastado. O presente de hoje ainda não é, o ultimo suspiro. Mas a permanência desse caminho nos apequena e nos joga ao cárcere com os pesados grilhões dessa inoperância. Aguardemos, portanto, mudanças de atitudes tanto no aspecto individual como governamental no que concerne aos fenômenos naturais e depreciação ambiental.
Credito da imagem: essaseoutras.com.br
22 março, 2011
NO CÁRCERE DOS FENÔMENOS NATURAIS
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Marcadores: Meio Ambiente, Poluição, Qualidade, Sustentabilidade
09 outubro, 2010
Excesso de Carbono vai alterar o Clima no futuro!
Uma questão bem atual foi levantada pelo cientista Steven Davis, da Instituição Carnegie, qual seja: Qual seria o efeito, se não ocorresse à troca de todas as máquinas que expele, hoje, o CO2 para a atmosfera, pós tempo útil?
Bem, a resposta, é um tanto quanto óbvia. Teríamos um acumulo de carbono inferior ao que vários cientistas afirmam como sendo o limite suficiente para gerar as catástrofes, vinda do aquecimento planetário. A afirmação é dos pesquisadores na revista Science.
Evidentemente que esse fenômeno é hipotético e, não tomará forma de concretização! No entanto, a questão formulada foi para preencher a lacuna a respeito do quanto o nosso planeta aqueceria se pudéssemos trocar as atuais tecnologias geradoras de CO2 pelas alternativas tidas como: tecnologias limpas.
Estima-se que, usina elétrica e/ou carvão tem 40 anos de vida útil; o último modelo de carro americano de passageiro tem 17 anos de vida útil, portanto, levando em consideração esse tempo de vida útil, pode-se concluir que: sem exceção, o descarte desses dispositivos fosse feito após seu tempo de uso – a elevação da temperatura na Terra chegaria 1,3ºC acima dos níveis pré-industriais.
Significa dizer que esse processo confere um aumento de CO2 de 430ppm (parte por milhão). Tendo como conseqüência uma variação sob os 2ºC tido como o limite perigoso, cabendo a este contexto, maiores cuidados, já que se o carbono atmosférico chegar ao volume de 450ppm, os 2ºC será atingido.
Mas, partindo do pressuposto que a paralisação de toda e qualquer indústria cliente da atual matriz energética (combustíveis fósseis), é zero, podemos predizer que, a elevação tida como perigosa deva ocorrer ainda neste século. Esta afirmação é do Steven Davis, autor da pesquisa.
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Marcadores: Aquecimento, Meio Ambiente, Poluição
06 novembro, 2009
Ambiente hostil para "inimigos da Natureza"
Já começa a ser preocupante a estagnação nos ajustes preparatórios para a maior conferência sobre o Meio Ambiente. A 30 dias da conferência das Nações Unidas em Copenhague, a comunidade científica que via na pessoa do Sr Barack Obama, maior comprometimento dos americanos a respeito da mudança climática e, por conseguinte - a liderança capaz de dinamizar o processo de arranjos nesta reta final, começa a temer por possíveis entraves, já que o presidente americano na prática, ainda não correspondeu as expectativas.
Se os arranjos vierem a deslanchar nestes momentos finais, este fato se dará principalmente pelas atitudes não governamentais, o Japão é uma exceção neste caso. A energia que movimentará essa engrenagem vem das sinergias das empresas e sociedade civil.
No Brasil, embora o cenário esteja mais operacionalizado, se comparado com os Estados Unidos, o governo vem sendo pressionado para que tenha uma postura mais ousada. As pressões advêm de empresas que exigem a integralização de alguns compromissos como, por exemplo: incentivos para cortes de emissões na cadeia produtiva, inventário de emissões e etc.
Na Inglaterra, especificamente em Londres, empresas e o primeiro escalão do governo, embarcaram juntos na idéia do cineasta Franny Armstrong denominada de: 10:10. Da idéia formataram uma campanha, que tem como objetivo: reduzir em 10% as próprias emissões até o ano que vem. Estão fazendo parte do grupo de empresas que aderiram à causa às gigantes do setor energético: British e EDF, assim como a consultoria Lógica, entre mais de 450 unidades do grupo.
Bom, que as consequências das alterações no clima assustam, não nos resta nenhuma sombra de dúvida. Sendo assim, a mensagem da comunidade científica é clara: a espécie humana precisa agir imediatamente.
Por outro lado, é bom ficar atento aos ”atuários“ embutido nesse processo que, buscam exclusivamente o markting. Para tanto, não é difícil perceber esse desvio, é só atentarmos para a enxurrada de credenciais ”verdes“, que saíram recentemente.
As organizações mundiais, envolvidas ambientalmente, devem focar suas forças sobre aqueles que estarão na conferência em Copenhague, no período de 7 a 18 de dezembro. Os obstáculos para os arranjos não são poucos, entretanto, num cenário supostamente insalubre aos ”inimigos do clima“, será que pelo menos os que dependerão de nossos títulos de eleitores – darão a si mesmo o luxo de saírem de mãos vazias?
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Marcadores: Amazônia, Aquecimento, Meio Ambiente, Poluição
15 outubro, 2009
Inversão Térmica! Um fenômeno Sobre Manaus.
Inversão Térmica
Trata-se de um fenômeno climático natural com predominância nos dias frios do inverno, período em que há inserção de massas de ar frio. Enquanto El Niño e La Niña atuam em escala mundial durante meses, as inversões térmicas ocorrem em escala local e somente por algumas horas.
As ocorrências são principalmente: final da madrugada e inicio da manhã. Durante essa transição, acontece um grande expurgo de calor do solo através da irradiação; logo, as temperaturas se retraem, tanto no solo quanto no ar. Porém, quando o decréscimo da temperatura ultrapassa os 4°C, aumenta a densidade do ar frio, impossibilitando a sua dinâmica na interface solo-atmosfera, fica aprisionado em baixas altitudes. Camadas superiores são preenchidas com ar mais quente, com densidade baixa, logo, o mesmo não consegue descer. Como resultado, ocorre às inversões das camadas habituais: o ar quente se sobrepõe ao ar frio – daí o nome Inversão térmica. Após o inicio do dia, à medida que o solo vai se aquecendo o ar próximo a ele também se aquece e, o fenômeno Inversão térmica vai se desfazendo. O ar aquecido passa a ascender e nos primeiros 10 km da atmosfera, onde estava o ar quente, regularmente, o ar sofre resfriamento e desce, recuperando assim o processo sistemático da circulação atmosférica eliminando a Inversão térmica.
Esse é um fenômeno climático que pode ocorrer em qualquer área do planeta, mas, o aumento de sua freqüência é notável em áreas onde o solo captura grande quantidade de calor ao longo do dia e perde com facilidade durante a noite, resfriando as camadas de ar próximo do solo, impossibilitando sua dispersão atmosférica. As condições favoráveis para a Inversão térmica são promovidas tanto pelas influências antropogênicas: urbanização, desmatamento e queimadas, quanto por desenfreada emissões de gazes para o ambiente. Às áreas urbanas têm o solo impermeabilizado por cimento e asfalto que, embora, retenha grande quantidade de calor ao longo do dia, à noite perde esse calor em sua quase totalidade, rapidamente. Nas zonas urbanas essa alteração no micro-clima trás um efeito adverso extra: a saturação das camadas mais baixa da atmosfera pelo ar frio, o que impede a sua dispersão para camadas mais distantes do solo e assim os gases poluentes e tóxicos que estão agregados nessa massa de ar fria são dissipados na atmosfera, sendo a gênese de uma névoa densa capaz de ser vista, a olho nu, camada cinzenta devido às reações dos poluentes ali agregados, os quais se constituem numa das mais graves questões ambientais dos centros urbano-industriais.
Estima-se que a variabilidade da temperatura média do ar e do solo de Manaus, uma boa parte deve-se ao desordenado uso do solo, já que este fator aumenta os valores da temperatura superficial abruptamente. Portanto, a fração local gerada pelo uso do solo na variabilidade da temperatura média do ar é inerentemente superior do que a fração que se atribui aos eventos naturais. Hoje, as interações desalinhadas na interface atmosfera-solo de Manaus disponibilizam uma energia solar excessiva, embora saibamos que seja um fator essencial para determinar as condições climáticas de uma área, já que é o agente externo capaz de alterar outras variáveis, por exemplo: temperatura e precipitação pluviométrica. Portanto, numa floresta, basta uma pequena fração de radiação solar incidir no dossel, para conseguir atingir a superfície do solo. Logo, a opção pelo aumento de áreas desmatadas sem critérios no Estado do Amazonas, em especial na área metropolitana de Manaus vem implicando num substancial incremento na radiação solar incidente sobre o solo, o que tem provocado um desarranjo nas condições climáticas na interface solo-atmosfera da área urbana do município. Manaus vem sendo induzida a apresentar um incremento forçado nas características de temperatura e má qualidade do ar, cujas características não podemos repassar a eventos naturais do clima como provedor, quando necessariamente o fator modificador está sendo o homem. Manaus é hoje, o exemplo fiel de área adequada à Inversão térmica. A imagem acima mostra as características de Manaus durante o fenômeno.
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Marcadores: Amazônia, Aquecimento, Meio Ambiente, Poluição