27 setembro, 2009

RECICLAGEM DO LIXO É MUDANÇA DE ATITUDE!

Para criarmos um Ambiente sadio, precisamos Reciclar!
É fato que, em algumas áreas urbanas, o processo de reciclagem utilizando a Coleta Seletiva de Lixo Urbano (CSLU), emerge com resultados satisfatórios, favorecendo o reaproveitamento de resíduos momentaneamente descartados do processo produtivo e de consumo, assim como contribuindo para a mudança de percepção social em relação ao lixo. O reaproveitamento dos resíduos tidos como reutilizáveis ao processo produtivo e de consumo, exige um formato de cadeia econômica capaz de agregar fatores como: dinheiro, novas tecnologias, gente, transporte etc., esse novo nicho econômico está revertendo um quadro vexatório para várias pessoas, que antes retiravam do lixo seu alimento e hoje, podem ter a oportunidade de gerar sua renda através da venda de produtos recicláveis, e, assim, ter condições de alimentar-se não mais do lixo, mas de alimento digno a um ser humano. Os efeitos adversos gerados pelo lixo à sociedade moderna requerem um tratamento eficaz, por parte do poder público. Para confirmar esse novo cenário um fato fundamental precisa acontecer, qual seja: mobilização social inteligente. Esta, não é uma questão fundamental somente para a questão do lixo, mas, controle epidêmico, promover a saúde, gerir com qualidade as cidades e atingir cidadanias nos mais variados espectros.
É importante ressaltar que, a geração de lixo é excessiva, no entanto, mais grave é a destinação, que em muitos casos, não considera o questionamento: disposição final ou reutilização? As soluções encontradas frequentementes no Brasil são: (a) Lixões, cuja disposição inadequada desses resíduos gera impacto ambiental grande, haja vista que degrada o solo, contaminam o lençol freático, rios, mares e gera graves problemas sociais já supracitados. Normalmente, esses lixões são criados em áreas próximas dos rios, o que potencializa o impacto ambiental; (b) Aterros Sanitários, os bem projetados e bem operados são poucos no Brasil. Apesar de serem uma solução tecnicamente correta, ocupam grandes áreas e os conhecidos tem uma vida útil de 15 a 30 anos. Tais aterros exigem um acompanhamento rigoroso, mesmo depois de cessado o seu tempo de vida útil. Pela possibilidade de contaminação do lençol freático e pela formação ininterrupta de gás metano, que deve ser aproveitado ou disperso de maneira adequada, para não haver risco de explosões; (c) Incineração, é um processo muito caro, pois necessita de plantas incineradoras de alta tecnologia e segurança. Queimar simplesmente o lixo acarreta problemas ambientais mais graves, pois ocasiona produtos tóxicos voláteis e a sua dispersão pela atmosfera atinge uma população muito maior do que a afetada pelo lixo em sua forma sólida.
Nas cidades brasileiras, a coleta do lixo urbano é terceirizada, empresa contratada pelo poder público que recolhe sem nenhuma preocupação em segregar o lixo orgânico do inorgânico, que têm como destino certo os lixões. Mas, essa realidade pode ser mudada, basta o poder público prover junto à sociedade atitude política correspondente à gravidade do assunto, desenvolvendo amplo programa de conscientização/sensibilização, e tomada de ação, envolvendo todos os nichos da sociedade brasileira, dessa forma os resíduos seriam segregados na origem e destinados a uma central de seleção, onde os “sucateiros” fariam a separação final para enviar às empresas com tecnologias específicas para o processo de reciclagem, portanto, assim, evitaria que o lixo fosse recolhido sem critérios pela empresa contratada pelas prefeituras dos municípios.
É dito que o lixo brasileiro é um dos mais ricos do mundo. Em contra partida, o gerenciamento dos resíduos sólidos ainda é incipiente e a confirmação disso é que, no Brasil se recicla 5% do lixo urbano, muito aquém dos países desenvolvidos que chega a 42%. A previsão é que, os resíduos com resistência à decomposição poderão quadruplicar até o ano 2025. A produção de lixo no Brasil, hoje, é de aproximadamente 230 mil toneladas/dia, por pessoa a média fica em torno de 500 gramas de lixo/dia, com possibilidade de ultrapassar 1 kg, dependendo do hábito de vida e local em que mora.
Nós precisamos, enquanto cidadão, entender que, os méritos da Coleta Seletiva e Reciclagem são essenciais, como por exemplo: redução do lixo resistente à decomposição, redução do consumo de recursos naturais, prolongar a vida útil dos aterros sanitários, reduzir a poluição do solo, da água e do ar e zerar o desperdiço, contribuindo para a preservação do meio ambiente.
Se fala tanto em Reciclagem, então o vem a ser a Reciclagem? Reciclagem é um termo que está sendo utilizado há mais de 30 anos, quando do inicio da preocupação com o Meio Ambiente, porém, por definição ele agrega o significado de “Reciclar”, ou seja, pode ser entendido como sendo o ato de através de vários processos um determinado material retorne ao seu ciclo de produção, após já ter sido utilizado e descartado, para que novamente possa ser transformado em um bem de consumo, assim economizando energia, insumo e preservando os recursos naturais e o meio ambiente.
As nações desenvolvidas estão priorizando programas de redução, reutilização e reciclagem de resíduos. O Brasil não pode ficar às margens dessa nova realidade, já que, quanto maior o conglomerado urbano e a renda de seus habitantes, maior o consumo de bens e, portanto, maior o volume de resíduos gerados. Considerando que a área de uma cidade não é apenas o espaço ocupado pelo perímetro urbano, mas também a área utilizada para a produção de alimentos, geração de energia e destinação de resíduos, a área mobilizada e a diversidade de recursos naturais são muito maiores do que aparentam. Essa condição leva à geração de impactos ambientais que afetam as condições de sobrevivência dos ecossistemas e da vida no planeta.Assim, a Educação Ambiental é o melhor meio de se atingir eficiência na Gestão dos Resíduos Sólidos e praticar o Programa Três Rs.
Prática dos Três Rs: Redução, Reutilização e Reciclagem
Redução: É diminuir a geração de resíduos. Neste caso, há ação direta no processo produtivo. Promove a redução de matérias-primas e insumos na produção devido à padronização do processo de fabricação, (deve-se adquirir apenas o suficiente).
Reutilização: Devemos recuperar ou reaproveitar tudo o for possível para a formulação de outro produto. Não há ação direta no processo de fabricação.
Reciclagem: É retornar os resíduos ao processo produtivo como parte essencial no processo industrial onde é gerado. Esse resíduo tem papel particular, a de substituição e redução do consumo de matéria-prima. Aqui, se nós já reduzimos e não deu para reutilizar, então vamos RECICLAR.
O velho paradigma de ver o lixo como “coisa inútil” deve ser substituído pelo novo, qual seja: “matéria-prima”, de outro processo produtivo, mas como anteriormente citado, existem as pendências para que isso aconteça: ausência de atitude política suficientemente capaz de promover sua auto-conscientização/sensibilização e da população, nas indústrias esse fenômeno já ocorre.
A Coleta Seletiva é uma alternativa ecologicamente indispensável para a preservação dos recursos naturais e desenvolvimento da sociedade, pois, desviam dos aterros sanitários ou lixões, resíduos sólidos que servirão de matéria-prima em outro processo de fabricação.
Como fazer?
Separando os resíduos sólidos em seus recipientes específicos, indicados pelas cores padronizadas pela CONAMA Nº 275 de 25/04/2001. Ver fotos acima.

2 comentários:

NAAH/S PARÁ disse...

Oi Cesar , obrigada pela visitinha, seu blog já está na nossa lista de links interessantes! Obrigada pelo convite!
Rozy

NAAH/S PARÁ disse...

Sou do Blog "NAAHS COM AÇAÍ"!
http://naahsparaense.blogspot.com

Prof. Rozy

 
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