De acordo com relatório divulgado pela Oxfam Internacional, as alterações climáticas poderão diluir e até mesmo eliminar de maneira irreversível os ganhos alcançados pelos países pobres ao longo dos últimos 50 anos. O relatório agrega o feedback dos cientistas que integram o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), interligado às Nações Unidas. Os cientistas enfatizam a problemática da fome como sendo o maior impacto. Os plantios de milho, considerada plantação de culturas-chave na ingesta humana, estarão em risco devido à prevalência das alterações ocorridas na zona tropical.
As áreas agrícolas dos países em desenvolvimento agregam dois terços de 1 bilhão de pessoas que vivem em situação de miséria no planeta. Em Ruanda, as famílias que dependem do cultivo de milho e mandioca sofrem da forma mais desumana possível devido à irregularidade das chuvas, se tornando num fator limitante para os cultivos dessas plantações. O relatório também aponta para a questão da acessibilidade à água que somando-se à garantia alimentar tornam-se uma problemática existencial que exige decisões e ações urgentes eliminando paliativos contemporâneo. A escassez de água tem força suficiente para gerar incalculáveis efeitos, principalmente aos empobrecidos que não tendo recursos para comprá-la migrarão para o entorno dos corpos hídricos, sobre os quais serão montadas as casas sem o mínimo de planejamento e despejarão os seus dejetos diretamente a esses corpos d’água que com o tempo também se esgotarão a exemplo de neve localizada que fornece água durante o degelo e que hoje se encontra em estado de retração.
É importante dizer que as Mudanças Climáticas além de potencializar as secas em determinadas áreas do planeta, também provoca cheias, por exemplo, a que ocorreu em estados do nordeste e principalmente na Amazônia. No Amazonas os efeitos ultrapassaram as perdas materiais, o sistema de educação parou e com base nas informações do secretário de Educação do Estado, Sr Gedeão Amorim, cerca de 300 mil educando espalhados em 43 municípios ficaram sem aulas.
A força da cheia no Amazonas levou a Defesa Civil classificar o evento como um desastre natural de grande intensidade (nível 3). Foram concedidas várias entrevistas pelo governador Eduardo Braga dizendo que a população amazonense estaria preparada para a cheia preanunciada pela equipe do Serviço Geológico do Brasil, mas o que se viu foi um desespero total já que os municípios estavam e ainda estão despreparados para dar guarida aos munícipes.
Infelizmente as conseqüências da cheia no Amazonas, vieram para comprovar que o povo amazonense vivência um cenário de falácia, os políticos ainda não entenderam que a mentira tem perna curta, e que palavras não valem nada se não forem acompanhadas de ações. Portanto, Palavras – Ações = Nada. Em não acontecendo a prevenção, os governos: municipal e estadual tiveram que remediar com medidas paliativas rotineiros, mais de 40 mil famílias foram atingidas e o governo estadual ajudou com R$ 6 milhões.
15 julho, 2009
RETROCESSO DE 50 ANOS
Marcadores: Amazônia, Aquecimento, Ecologia, Meio Ambiente
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1 comentários:
Olá
Vou adicionar o link do teu blog no meu. Creio que a importãncia do assunto merece ser destacada..Abraço!
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