O século em que vivemos se constitui em uma escala de tempo favorável para examinar eventos do futuro, consequência de uma gama de razões. Se os espaços de tempo muito mais extenso são usados, sentenças podem provir com a condição suficiente para contradizer o que pode ser entendido como um tempero fundamental de uma análise racional ao futuro. Por exemplo, por incúria perder oportunidades relevantes para preservar as florestas em especial a floresta amazônica em favor de benefícios climáticos prenunciados nos séculos posteriores seria tolo.
Analisar a dinâmica de um período secular requer uma porção de humildade capaz de nos remeter a uma convergência na qual nós não podemos prenunciar os pormenores do processo de desenvolvimento. Imaginemos por exemplo, uma pessoa em 1914 tentando pressupor como seria o cenário mundial hoje. Excluindo os extraordinários avanços tecnológicos, uma realidade na qual uma extensa região planetária era administrada como impérios colonizadores, os quais amputavam o direito de votar das mulheres, e isso nos parece anormal para o atual contexto. A dramaticidade dos acontecimentos também era a tônica ao longo do século XIX. Por volta de 1801, o trabalho escravo era a sustentação da riqueza concentrada nas mãos de poucos, mas esse sistema se estendia por grande parte do mundo, incluindo o nosso Brasil, entretanto, essa sistemática era vista na sua época como um evento completamente lógico. Mas, bastou um século para que essa aberração fosse abolida em quase todo o planeta. A questão é que eventos dramáticos podem emergir dentro de um período secular, e, no curso do século XXI eventos dessa grandeza podem ocorrer com características essenciais diferente do nosso mundo atual. Tomo a liberdade de parafrasear o Desmond no seguinte: se a escravidão foi abolida, “Por que não a guerra?” E contextualizando ao assunto da postagem, “Por que não o nosso papel como destruidores do Meio Ambiente?” Veja a foto, mostrando um dos rios urbanos de Manaus (AM) servindo de lixão a céu aberto.
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