Sabemos que apesar de nós humanos, ao longo de nossa existência, ter sido um elemento no ecossistema terrestre, o momento contemporâneo, surge sinalizando para uma transformação ainda incapaz de aclarar as nossas atribuições neste sistema. Ou seja, atualmente somos capazes de transformar o processo básico do ecossistema, e o exemplo clássico disso são as alterações climáticas. A execução deste evento propagando-se continuamente, o que é distinto do evento em sua essência, nos atribui uma nova tarefa: o de “guardião”, isto é, responsáveis por fomentar a preservação da qualidade intrínseca ambiental terrestre.
Neste planeta, os humanos, até onde se sabe é categoricamente o único ser provido de aptidão para prognosticar uma realidade posterior. E dessa forma, este fato fortifica um embasamento para se tomar decisões antevendo os efeitos catastróficos, fazendo uso é claro, da visão de futuro como base para tomada de decisões. Ampliar e aprimorar a base existente e metodologias analíticas que agregam o caráter de “construtor” de cenários realizáveis do futuro, lincado à conjetura de vários cursos de ação assumirem um fator importante da tomada de decisões, entretanto, este não é suficiente. É necessário que além de tomar coragem, temos que exercer o senso de “querer” tomar as decisões e concluir as ações que elas implicam.
De acordo com (Daly, 1997), vários profissionais da área econômica vêem o sistema de mercado assumindo pra si, a responsabilidade de melhorar os efeitos adversos inseridos ao meio ambiente. E tão logo seja percebida a redução da qualidade ambiental e aumento de receita, acredita-se que as pessoas estarão motivadas a pagar para manter ou melhorar o meio ambiente. A valorização de arvores induzirá as pessoas a praticar o replantio de tal forma que possa nascer arvores mais rapidamente do que as que são exterminadas pelo desmatamento. Fazendo uma analogia com a transição demográfica, podemos dizer que, as taxas de destruição e reconstrução ambiental ocuparão os lugares das taxas de mortalidade e natalidade na dinâmica de populações.
É claro, que infelizmente, os efeitos ambientais continuamente não chegam a uma solução por conta própria. O desmatamento pode acontecer sem freio e chegar até a última arvore. No El Salvador, por exemplo, o processo de desmatamento chegou até o ponto final. E similar a isso, pode ocorrer, na grande área da Mata Atlântica no Brasil. Inclusive nas áreas de replantio, a totalidade da biodiversidade dificilmente é alcançada: o reflorestamento de áreas desmatadas não consegue recuperar as integridades primarias inerente daquela área.
Existe uma conjuntura inevitável em nossas ações. Em sua maioria, as pessoas ainda observam os problemas da Amazônia neste contexto, inferindo um desmatamento ainda que façamos qualquer coisa objetivando a contenção deste, despertando em nós, preocupações com outros problemas. Especificamente na Amazônia, os fundamentais que norteiam o trilho do futuro de desenvolvimento, se encontram sob a tutela dos tomadores de decisão, estes por sua vez precisam tomar as suas decisões banhadas de responsabilidades que o cenário requer. O futuro depende de decisões humanas.
O ser humano, agregou a seu caráter, a livre vontade, e, em sua maioria, as relações de humanos no meio ambiente serão aquelas que nós desejamos ou queremos que ela seja. Mas, dentro de um conjunto de limites. Não temos o direito de quebrar as regras e permanecer expelindo poluentes para a atmosfera planetária, matando florestas e poluindo as águas sem pagar um preço.
Entre humanos e Meio ambiente, há uma forte reciprocidade, e esta relação usam em ambos os sentidos: dos seres humanos para o Meio ambiente e vice versa.
09 julho, 2009
HUMANOS EM ECOSSISTEMAS
Marcadores: Amazônia, Ecologia, Meio Ambiente, Sustentabilidade
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